Não demorou muito, já em 1624, a Santa Inquisição de Lisboa processava pela primeira vez contra 25 judaizantes brasileiros (os nomes abaixo foram extraídos dos arquivos da Inquisição em Lisboa). Os nomes dos judaizantes e os números dos seus respectivos dossiês foram extraídos do Livro: “Os Judeus no Brasil Colonial” de Arnold Wiznitzer – página 35 – Pioneira Editora da Universidade de São Paulo:
Alcoforada, Ana 11618 Antunes,
Heitor 4309 Antunes,
Beatriz 1276 Costa,
Ana da 11116 Dias,
Manoel Espinosa 3508 Duarte,
Paula 3299 Gonçalves,
Diogo Laso 1273 Favella,
Catarina 2304 Fernandes,
Beatriz 4580 Lopes,
Diogo 4503 Franco,
Lopes Matheus 3504 Lopes,
Guiomar 1273 Maia,
Salvador da 3216 Mendes,
Henrique 4305 Miranda,
Antônio de 5002 Nunes,
João 12464 Rois,
Ana 12142 Souza,
João Pereira de 16902 Teixeira,
Bento 5206 Teixeira,
Diogo 5724 Souza,
Beatriz de 4273 Souza,
João Pereira de 16902 Souza,
Jorge de 2552 Ulhoa,
André Lopes 5391
Continuando nossa pesquisa, podemos citar outras dezenas e dezenas de nomes e sobrenomes, devidamente documentados, cujas pessoas foram também processadas a partir da data em que a Inquisição foi instalada aqui no Brasil. È importante ressaltar que nesses processos os sobrenomes abaixo receberam a qualificação de “judeus convictos” ou “judeus relapsos” em alguns casos. Por questão de espaço citaremos apenas nesta primeira parte os sobrenomes, dispensando os pré-nomes:
Abreu Álvares Azeredo Ayres
Affonseca Azevedo Affonso Aguiar
Vieira Villela
Vaz Veiga Vellez Vergueiro
Valle Valença Vargas Vasques
Torrones Tovar Trigueiros Trindade
Soares Souza Tavares Telles
Sylva Silveira Simões Siqueira
Sá Sequeira Serqueira Serra
Ribeiro Rios Rodrigues Rosa
Ramos Rebello Rego Reis
Pires Porto Quaresma Quental
Pestana Pina Pinheiro
Paredes Paz Pereira Perez
Nogueira Neves Nunes Oliveira
Esteves Évora Febos Fernandes
Diniz Duarte Delgado Dias
(A lista dos sobrenomes citados acima não exclui a possibilidade da existência de outros sobrenomes portugueses de origem judaica. – Fonte: Extraído do livro: “Raízes judaicas no Brasil” – Flávio Mendes de Carvalho – Ed. Nova Arcádia – 1992).
Todos esses judeus brasileiros, cujos sobrenomes estão citados acima, foram julgados e condenados pela Inquisição de Lisboa, sendo que alguns foram deportados para Portugal e queimados, como por exemplo o judeu Antônio Felix de Miranda, que foi o primeiro judeu a ser deportado do Brasil Colônia. Outros foram condenados a cárcere e hábito perpétuo.
Nós Judes Sefarad temos por si e até forma de segurança juntamente a AMSDJU a não afirmar que todos que possuem estes sobre nomes seja de certa forma Sefarad ou Marrano ate mesmo por que existe a cultura, dados familiares provas historicas que a pessoa seja especificamente um Marrano ou sefarad.
Dados estes são sigilosos e guardados ate por sua segurança Histprica das familias " CADA FAMILIA SEFARAD POSSUI COSTUMES E CULTURAS PASSADAS DE GERAÇÃO A GERAÇÃO, ESTAS MESMAS QUE SÃO SEGREDO FAMILIAR "
Fontes Bibliográficas Os Judeus no Brasil Colonial – Arnold Wiznitzer Editora Pioneira – SP – 1996 Raízes judaicas no Brasil – Flávio Mendes Carvalho Editora Nova Arcádia – SP – 1992 Estudos sobre a comunidade judaica no Brasil Nachman Falbel Fisesp – SP. Judaizantes e judeus no Brasil – Egon e Frieda Wolff – RJ.