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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

AMSDJU - Solidariedade as Polacas de Inhaúma

AMSDJU - ASSOCIAÇÃO MARRANA E SEFARADITA DOS DESCENDENTES JUDEUS
TEM A HONRA DE APOIAR E DIVULGAR A CARTA DA GRA
NDE LUTADORA ESCRITORA SRa. Beatriz Kushnir
Caros amigos,

O Decreto publicado no Diário Oficial do Município do RJ de 24/9/2007 é a garantia legal que o Cemitério Israelita de Inhaúma será preservado de forma intacta. Não se farão alterações arquitetônicas, nem promoverão novos enterros sem a autorização expressa do Patrimônio Cultural da Prefeitura do Rio. O Cemitério Israelita de Inhaúma será resguardado enquanto o espaço de sepultamento dos sócios e sócias da Associação Beneficente Funerária e Religiosa Israelita – as famosas “polacas”.O cemitério está trancado e é preciso fazer um balé de negociações para garantir a entrada. Ninguém mais além de mim e de meus amigos foram até lá no último domingo entre o Rosh Hashaná e o Yom Kipur. Assustei-me com o estado de abandono do lugar, das lápides pintadas com cal e numeradas com colorjet preta, mesmo que existam informações em sua base. Cresce o número de sepulturas sem identificação, mesmo que eu venha constantemente dizendo onde está o documento que recoloca as identidades nos túmulos… O tombamento do cemitério não é inesperado. Aquele campo-santo está ausente de uma ação efetiva. Na década de 1980 o Dr. Siqueira (Z´L), então presidente da Sociedade Comunal Israelita, assumiu junto ao Departamento de Cemitérios da Prefeitura do Rio que o Comunal zelaria por Inhaúma, já que os sócios e sócias da Associação Beneficente Funerária e Religiosa Israelita estavam idosos e quase todos falecidos. Nos últimos anos, contudo, o estado de abandono me fez várias vezes solicitar ao Departamento de Cemitérios a limpeza do local. Em fevereiro de 2007 fui impedida de entrar em Inhaúma. Constatei que o Cemitério estava trancado, algo que nunca ocorreu antes. Para tentar entender o que se passava, soube que a FIERJ apoiava uma iniciativa do Comunal de construir um muro separando as lápides existentes de um pequeno terreno ainda ocioso e que margeia a favela do Rato Molhado. Esse muro é para impor as normas judaicas de que prostitutas e suicidas são enterrados junto aos muros, demarcando sua exclusão.
Por tudo que pesquisei sobre elas, não posso permitir que isso ocorra. Parias não! Torço que a FIERJ e o Comunal anunciem, como o fez a Chevra Kadish de São Paulo a quase 10 anos em Cubatão e no Butantã, a abertura, restauro e manutenção de Inhaúma.


Coloco-me, como sempre o fiz, à disposição para ajudar a realizar tal tarefa.

Um forte abraço

Beatriz Kushnir