(FARIAS, PIRES, PERES, PEREZ = FARÉS)
O apelido de família FARIA, adotado por judeus-convertidos desde o batismo forçado, a partir de 1497, como patronímico (cf. Antônio Henrique da Cunha Bueno , in Dic. Das Famílias)
Os judeus convertidos ao cristianismo eram denominados de marranos. O adjetivo marrano na Espanha e em Portugal era designação injuriosa que se atribuía aos mouros e judeus batizados, suspeitos de se conservarem leais à religião que professavam. Tinha significação de excomungado. No Rio Grande do Sul diz-se de ou gado de má qualidade. Marrano tem significado também de porco de engorda, já crescido. Etimologicamente, na Espanha marrano (ano de 965) era porco (séc.XIII) e cristão-novo. Designação pejorativa dada aos judeus e/ou mouros convertidos ao cristianismo, à força, suspeitos de fieis à antiga religião (quando muitos na verdade sequer eram religiosos) por causa da repugnância em relação à carne de porco, alimento não permitida pelo judaísmo e pelo islamismo. Marrano , do árabe muharram, coisa proibida (cf.Houaiss).Os marranos têm regressado ao judaísmo, a partir do século XX, segundo Hélio D.Cordeiro, pesquisador.
Walter Santos Baptista, in Sobrenomes Luso-brasileiros, in http://www.uol.com.br/ indique que FARIA (s), deriva de FARÉS, PIRES e tem significado de “parte”, ruptura, “moeda”, “presente” ou “prêmio”, ainda “quebrador”, “desbravador”, “desbravador”, o que veio primeiro rompendo, conforme Gênesis 30-1/30, que conta à história de Judá e de sua nora Tamar.
Além de FARIAS, os apelidos de PERES e PIRES são citados por Gonsalves de Mello, sendo que WIZNITZER apresenta FARIA e PERES, e Salvador cita os três (FARIA, FARIAS, PERES, PEREZ e PIRES).