Uma Teshubá Halákhica do Rabino David A Kunin
sábado, 10 de abril de 2010
Teshuba sobre os Anussim, Bet Yossef, Eben Haezer, do Rabi Yossef Caro
Uma Teshubá Halákhica do Rabino David A Kunin
GENEALOGIA DE JESUS E O APELIDO DE FAMÍLIA FARIA ( PIRES , PEREZ E FARES)
Chegando a hora do parto, um dos gêmeos estendeu a mão e a parteira atou-lhe uma fita escarlate no braço, afirmando: “Foi este que saiu primeiro”. Mas acontece que ele retirou sua mão e outro foi quem saiu do corpo materno. Então a parteira disse: “Que brecha te abriste.” E o chamaram de Fares. Em seguida nasceu seu irmão, que tinha o fio escarlate na mão, por isso o chamaram Zara”.
Assim FARIA deriva de FARÉS, PIRES E PEREZ filho de TAMAR, estando na linha da origem de Jesus, desde Davi, conforme Mateus, acima indicado.
TAMAR COMO PRIMEIRA AVÓ DE JESUS.
Notamos que TAMAR foi à primeira mulher a constar da genealogia de JESUS, pois naquele tempo persona do sexo feminino não merecia consideração. Assim, ela teria sido, segundo alguns, sua “primeira avó”.
História*Judaica*MEA (Elvira de Azevedo) & STEINHARDT (Inácio).— BEN-ROSH. Biografia do Capitão Barros Basto, o Apóstolo dos Marranos. Edições Afrontamento. (Porto. 1997). 15x24 cm. 300-IV págs. B.“Ben-Rosh é uma biografia do Capitão Arthur Carlos de Barros Basto, um repúblicano de ascendência judaico-cristã que após a 1ª Grande Gueera, onde serviu brilhantemente a Pátria, obtendo altas condecorações e louvores, funda no Porto, em 1923, uma comunidade israelita. (...) É a Obra de Resgate, que galvaniza as comunidades judaicas de todo o mundo, pelo que se põe em funcionamento uma forte cadeia de ajuda, com base no Portuguese Marranos Committee de Londres, criado pela Sinagoga Portuguesa de Londres
(FARIAS, PIRES, PERES, PEREZ = FARÉS) SEFARAD JUDEUS
(FARIAS, PIRES, PERES, PEREZ = FARÉS)
O apelido de família FARIA, adotado por judeus-convertidos desde o batismo forçado, a partir de 1497, como patronímico (cf. Antônio Henrique da Cunha Bueno , in Dic. Das Famílias)
Os judeus convertidos ao cristianismo eram denominados de marranos. O adjetivo marrano na Espanha e em Portugal era designação injuriosa que se atribuía aos mouros e judeus batizados, suspeitos de se conservarem leais à religião que professavam. Tinha significação de excomungado. No Rio Grande do Sul diz-se de ou gado de má qualidade. Marrano tem significado também de porco de engorda, já crescido. Etimologicamente, na Espanha marrano (ano de 965) era porco (séc.XIII) e cristão-novo. Designação pejorativa dada aos judeus e/ou mouros convertidos ao cristianismo, à força, suspeitos de fieis à antiga religião (quando muitos na verdade sequer eram religiosos) por causa da repugnância em relação à carne de porco, alimento não permitida pelo judaísmo e pelo islamismo. Marrano , do árabe muharram, coisa proibida (cf.Houaiss).Os marranos têm regressado ao judaísmo, a partir do século XX, segundo Hélio D.Cordeiro, pesquisador.
Walter Santos Baptista, in Sobrenomes Luso-brasileiros, in http://www.uol.com.br/ indique que FARIA (s), deriva de FARÉS, PIRES e tem significado de “parte”, ruptura, “moeda”, “presente” ou “prêmio”, ainda “quebrador”, “desbravador”, “desbravador”, o que veio primeiro rompendo, conforme Gênesis 30-1/30, que conta à história de Judá e de sua nora Tamar.
Além de FARIAS, os apelidos de PERES e PIRES são citados por Gonsalves de Mello, sendo que WIZNITZER apresenta FARIA e PERES, e Salvador cita os três (FARIA, FARIAS, PERES, PEREZ e PIRES).
A maldição de Simão Pires de Solis- Amsdju - Familia Sefarad Pires
Condenado à fogueira, cortam-lhe primeiro as mãos, e quando as chamas já o envolviam, terá gritado a célebre maldição. ” É tão certo morrer inocente como as obras nunca mais acabarem… “. Suas cinzas terão sido depois lançadas ao rio.Anos mais tarde, um homem pede a presença da
freira Violante, confessando-lhe que teria sido ele e não Simão Pires, o autor desse hediondo crime e, como sabia do relacionamento entre os dois, incriminou o cristão-novo para salvar a sua pele, agora, pedia perdão em seus últimos momentos de vida.
Violante concede ao moribundo o perdão.Este episódio do furto, ficou registado como tendo acontecido a 15 de janeiro de 1630, enquanto que a execução da sentença foi a 3 de fevereiro de 1631. Foi um dos juízes do caso, o Dr. Gabriel Pereira de Castro, também ele um pretendente de Violante, o que demonstra desde já a farsa que envolveu toda esta condenação.Simão era um homem com um feitio arrebatado, e sendo cristão-novo, tudo se conjugou para este desfecho mais do que óbvio.(Assim surgiu o ditado das “obras de santa engrácia”, como qualquer coisa que não tem fim. Embora em 1682 se tenha iniciado com alguma resolução as obras, estas tinham de facto tido as primeiras diligências em 1631/32. Foram dadas por concluídas em 1966).