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sábado, 10 de abril de 2010

Teshuba sobre os Anussim, Bet Yossef, Eben Haezer, do Rabi Yossef Caro


Teshuba sobre os Anussim, Bet Yossef, Eben Haezer, do Rabi Yossef Caro
Recebendo de volta os Anussim
Uma Teshubá Halákhica do Rabino David A Kunin
Esta manhã minha apresentação será dividida em cinco seções. Na primeira examinarei as responsas rabínicas existentes. Na segunda voltarei aos elementos das leis de conversão conforme elas afetam os anussim. Na terceira examinarei dois temas de status. Na quarta examinarei alguns temas extra-halákhicos relevantes à decisão de fazer o processo. Finalmente, apresentarei minhas visões de como eu espero que a halakhá irá se desenvolver no futuro. Ano passado, na minha apresentação apresentada no encontro de Pueblo, examinei as principais tendências encontradas nas responsas ashkenazis e sefaradis acerca do retorno dos convertidos forçados (ao cristianismo e ao islamismo) para o judaísmo.
Sadaya ibn Danan e outras autoridades sefaradís igualam os filhos como filhos judeus criados por gentios, portanto sem qualquer culpa pela prática cristã dos seus pais. A resposta para a segunda destas duas perguntas é mais complexa. Por mais de dois milênios os judeus traçaram a sua identidade religiosa/nacional pela linha matrilinear. Todavia, exigir isto dos anussim é, essencialmente, uma placa dizendo “não entre” — a não ser por uma conversão plena no sentido pleno da palavra. Porém, a responsa sefaradí provê um meio de criar um atalho. Enquanto Duran, que por outro lado oferece uma das mais liberais responsas sefaradís, declare que os anussim que podem traçar uma linha materna devem ser aceitos “até o fim de todas as gerações”. Ibn Danan é muito mais liberal neste ponto.
“Se os marranos”, diz ele, “são considerados gentios e aqueles que querem retornar são considerados prosélitos, o desejo deles de retornar à comunidade judaica será enfraquecido... os marranos não devem ser recebidos como estranhos, mas como irmãos. Eles devem ter o sentimento de que estão voltando para casa... de fato, dentro da linhagem todo o povo de Israel são irmãos. Nós todos somos filhos de um pai. O jugo da lei ainda está nos ombros deles e jamais pode ser removido deles”. Iossef Caro, em Bet Iossef, declara que os anussim “não devem ser desencorajados de forma alguma de retornarem ao judaísmo”.
uma obrigação de todos os judeus alcançar nossos irmãos e irmãs da comunidade de anussim a fim de facilitar o retorno à comunidade judaica de todo aquele que desejar retornar.David Kunin é rabino do Templo Ohr Shalom em San Diego, uma congregação com muitos membros cripto-judeus

GENEALOGIA DE JESUS E O APELIDO DE FAMÍLIA FARIA ( PIRES , PEREZ E FARES)


Tamar, mulher não judia, casa-se com Her, filho de Judá. Seu esposo, por não cumprir os deseja de D’us falece, sem deixar herdeiro. Judá dá Onã, irmão de Her, para fecundar Tamar, honrando a família, como era costume. Onã nega-se a cumprir seu mister, derramando o sêmen no lençol, impedindo que Tamar seja fecundada. Sabedor disso, Judá indica o seu outro filho Sela para fecundar Tamar, mas este é jovem e não pode cumprir a determinação do pai. Então,Tamar, fingindo-se , deita-se com seu sogro Judá, engravidando-se ela de gêmeos para se cumprir o costume , coisa esta que hoje erradamente muitos dizem ela ser uma mulher mundana , sem saber realmente os costumes que deveriam ocorrer.
Chegando a hora do parto, um dos gêmeos estendeu a mão e a parteira atou-lhe uma fita escarlate no braço, afirmando: “Foi este que saiu primeiro”. Mas acontece que ele retirou sua mão e outro foi quem saiu do corpo materno. Então a parteira disse: “Que brecha te abriste.” E o chamaram de Fares. Em seguida nasceu seu irmão, que tinha o fio escarlate na mão, por isso o chamaram Zara”.



E o nome Farés – Faria – Pires - Perez passou a ser adotado por judeus religiosos, em homenagem a Tamar , como forma de demonstrar o perdão dado a ela.



A genealogia de JESUS, descrita pelo Evangelista Mateus , o Nazareno descende de Judá pela Linha da Tamar e do seu filho FARES (FARIA) PIRES (ver Mateus 1,16):

1 - Ascendência de Jesus –1 Livro da à origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão, Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacó, Jaçó gerou JUDÁ e seus irmãos, JUDÁ gerou FARÉS e Zara, de TAMAR, FARÉS gerou Esrom, Esrom gerou Aminadab, Aminadab gerou Naasson, Naasson gerou Salmon, Salmon gerou Booz, de Raab, Booz gerou Jobed, de Rute, Jobed gerou Jessé, Jessé gerou David. Davi gerou Salomão, daquela que foi mulher de Urias, Salomão gerou Roboão, Roboão gerou Abias, Abias gerou Asa, Asa gerou Josafá, Josafá gerou Jorão, Jorão gerou Acaz, Acaz gerou Ezequias, Ezequias gerou Manasses, Manasses gerou Amon, Amon gerou Josias, Josias gerou Jeconias e seus irmãos por ocasião do exílio na Babilônia. Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou Salatiel, Salatiel gerou Zorobatel, Zorobatel gerou Abiud, Abiud gerou Eliacim, Eliacim gerou Azor, Azor gerou Sadoc, Sadoc gerou Aquim, Aquim gerou Eliud, Eliud gerou Eleazar, Eleazar gerou Mata, Mata gerou Jacó, Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo.

Assim FARIA deriva de FARÉS, PIRES E PEREZ filho de TAMAR, estando na linha da origem de Jesus, desde Davi, conforme Mateus, acima indicado.



TAMAR COMO PRIMEIRA AVÓ DE JESUS.

Notamos que TAMAR foi à primeira mulher a constar da genealogia de JESUS, pois naquele tempo persona do sexo feminino não merecia consideração. Assim, ela teria sido, segundo alguns, sua “primeira avó”.




História*Judaica*MEA (Elvira de Azevedo) & STEINHARDT (Inácio).— BEN-ROSH. Biografia do Capitão Barros Basto, o Apóstolo dos Marranos. Edições Afrontamento. (Porto. 1997). 15x24 cm. 300-IV págs. B.“Ben-Rosh é uma biografia do Capitão Arthur Carlos de Barros Basto, um repúblicano de ascendência judaico-cristã que após a 1ª Grande Gueera, onde serviu brilhantemente a Pátria, obtendo altas condecorações e louvores, funda no Porto, em 1923, uma comunidade israelita. (...) É a Obra de Resgate, que galvaniza as comunidades judaicas de todo o mundo, pelo que se põe em funcionamento uma forte cadeia de ajuda, com base no Portuguese Marranos Committee de Londres, criado pela Sinagoga Portuguesa de Londres


(FARIAS, PIRES, PERES, PEREZ = FARÉS) SEFARAD JUDEUS


(FARIAS, PIRES, PERES, PEREZ = FARÉS)



O apelido de família FARIA, adotado por judeus-convertidos desde o batismo forçado, a partir de 1497, como patronímico (cf. Antônio Henrique da Cunha Bueno , in Dic. Das Famílias)

Os judeus convertidos ao cristianismo eram denominados de marranos. O adjetivo marrano na Espanha e em Portugal era designação injuriosa que se atribuía aos mouros e judeus batizados, suspeitos de se conservarem leais à religião que professavam. Tinha significação de excomungado. No Rio Grande do Sul diz-se de ou gado de má qualidade. Marrano tem significado também de porco de engorda, já crescido. Etimologicamente, na Espanha marrano (ano de 965) era porco (séc.XIII) e cristão-novo. Designação pejorativa dada aos judeus e/ou mouros convertidos ao cristianismo, à força, suspeitos de fieis à antiga religião (quando muitos na verdade sequer eram religiosos) por causa da repugnância em relação à carne de porco, alimento não permitida pelo judaísmo e pelo islamismo. Marrano , do árabe muharram, coisa proibida (cf.Houaiss).


Os marranos têm regressado ao judaísmo, a partir do século XX, segundo Hélio D.Cordeiro, pesquisador.

Walter Santos Baptista, in Sobrenomes Luso-brasileiros, in
http://www.uol.com.br/ indique que FARIA (s), deriva de FARÉS, PIRES e tem significado de “parte”, ruptura, “moeda”, “presente” ou “prêmio”, ainda “quebrador”, “desbravador”, “desbravador”, o que veio primeiro rompendo, conforme Gênesis 30-1/30, que conta à história de Judá e de sua nora Tamar.
Além de FARIAS, os apelidos de PERES e PIRES são citados por Gonsalves de Mello, sendo que WIZNITZER apresenta FARIA e PERES, e Salvador cita os três (FARIA, FARIAS, PERES, PEREZ e PIRES).

A maldição de Simão Pires de Solis- Amsdju - Familia Sefarad Pires








Todas as noites, o cristão-novo Simão Pires de Solis, cavalgava até ao Convento de Santa Clara, em Lisboa, para aí se encontrar clandestinamente com a jovem noviça Violante. Esta tinha sido forçada a recolhimento conventual, devido a seu pai, fidalgo que não via com bons olhos este amor entre os dois.Certo dia, Simão pede a Violante para ambos fugirem, dando-lhe um prazo de 24 horas para decidir. O que realmente sucede na noite seguinte, é a prisão de Simão, acusado de furtar relíquias religiosas da igreja de Santa Engrácia, onde recentemente se tinham iniciado as primeiras obras para a sua construção.Simão diz-se inocente, protege acima de tudo o bom nome da sua apaixonada, perante as graves acusações de que alguém o viu no local do crime.


Condenado à fogueira, cortam-lhe primeiro as mãos, e quando as chamas já o envolviam, terá gritado a célebre maldição. ” É tão certo morrer inocente como as obras nunca mais acabarem… “. Suas cinzas terão sido depois lançadas ao rio.Anos mais tarde, um homem pede a presença da
freira Violante, confessando-lhe que teria sido ele e não Simão Pires, o autor desse hediondo crime e, como sabia do relacionamento entre os dois, incriminou o cristão-novo para salvar a sua pele, agora, pedia perdão em seus últimos momentos de vida.






Violante concede ao moribundo o perdão.Este episódio do furto, ficou registado como tendo acontecido a 15 de janeiro de 1630, enquanto que a execução da sentença foi a 3 de fevereiro de 1631. Foi um dos juízes do caso, o Dr. Gabriel Pereira de Castro, também ele um pretendente de Violante, o que demonstra desde já a farsa que envolveu toda esta condenação.Simão era um homem com um feitio arrebatado, e sendo cristão-novo, tudo se conjugou para este desfecho mais do que óbvio.(Assim surgiu o ditado das “obras de santa engrácia”, como qualquer coisa que não tem fim. Embora em 1682 se tenha iniciado com alguma resolução as obras, estas tinham de facto tido as primeiras diligências em 1631/32. Foram dadas por concluídas em 1966).