"Os judeus seguem esperando pelo Messias. Surgem Messias: Shimon Bar Kochba que liderou a revolta contra Roma no século 2 e que é lembrado na festa de Lag Ba’Omer. Figuras que mesclam heroísmo e coragem um par de sonhadores como David Reubeni e Salomão Molcho que no século 16 agitaram a Europa Ocidental.
O messianismo adquire uma nova formatação em meados do século 19. Aparece uma laicização do mesmo através do movimento nacional judaico: o Sionismo. O conceito nacional não existe nos textos sagrados e nem na Tradição. Mas aparece na idéia de redenção, ao definir o retorno do povo e a reconstrução nacional. Em Ezequiel cap. 37 temos um trecho, denominado “Vale dos ossos secos.
O judaísmo liberal tem reinterpretado o Messianismo de formas mais contemporâneas e adequadas com a maneira que a maioria dos judeus concebe a fé e a religião moderna: o conceito do Tempo messiânico. Resultado da ação conjunta de seres humanos, de todas as crenças e origens, em prol da Paz, da justiça social e da fraternidade humana."
Sergio Feldman professor adjunto de História Antiga do Curso de História da Universidade Tuiuti do Paraná e doutor em História pela UFPR